ESPERANÇAS
E CONSOLAÇÕES
CAPÍTULO
II - PENAS E GOZOS FUTUROS
Natureza
das penas e gozos futuros
980. O laço de simpatia que
une os Espíritos da mesma ordem constitui para eles uma fonte de felicidade?
“Os
Espíritos entre os quais há recíproca simpatia para o bem encontram na sua
união um dos maiores gozos, visto que não receiam vê-la turbada pelo egoísmo.
Formam, no mundo inteiramente espiritual, famílias pela identidade de
sentimentos, consistindo nisto a felicidade espiritual, do mesmo modo que no
vosso mundo vos grupais em categorias e experimentais certo prazer quando vos
achais reunidos. Na afeição pura e sincera que cada um vota aos outros e de que
é por sua vez objeto, têm eles um manancial de felicidade, porquanto lá não há
falsos amigos, nem hipócritas.”
A.K.:
Das
primícias dessa felicidade goza o homem na Terra, quando se lhe deparam almas
com as quais pode confundir-se numa união pura e santa. Em uma vida mais
purificada, inefável e ilimitado será esse gozo, pois aí ele só encontrará
almas simpáticas, que o egoísmo não tornará frias. Porque, em a Natureza, tudo
é amor: o egoísmo é que o mata.
Fonte da felicidade
As uniões de almas sinceras, de Espíritos que se elevaram no amor, certamente que são a fonte da felicidade, por trabalharem e amarem juntos. Toda sequencia de fraternidade que puderem sustentar, são laços de luz que as almas criam para o bem da humanidade.
Entretanto, as uniões que se
fazem dentro dos princípios inferiores, onde medram o ciúme, a hipocrisia, o
orgulho e o egoísmo, não são fonte de felicidade e, sim, de sofrimentos de
variada ordem na conjuntura da alma, pois se tornam sementes que proliferam na
desarmonia.
Para se ter companhias
espirituais elevadas, é indispensável que os ideais sejam igualmente elevados.
Procura, se ainda não atingiste esse grau de despertamento, esforçar-te para
tal, já que somente atraímos para nós segundo o que somos. Isso é lei universal
da justiça.
A verdadeira fonte da
felicidade é o amor, dentro da pureza que Jesus nos ensinou, cada vez mais
crescendo no meio dos postulados divinos. O mundo se encontra em duras crises,
porque essas crises nascem no centro das almas em desequilíbrio. Quando se
acertarem por dentro, o que existe exteriormente acompanhará as normas
internas.
O homem está sob o regime de
duas forças: o bem e o mal. Para onde houver maior propensão, é para aí que ele
vai, e a luta deverá ser maior. A conquista do bem é mais difícil, mas vai se
tornando mais fácil à medida que ele vai vencendo seus instintos inferiores.
Se alguém se considera sábio
e entendido das leis, deve mostrar pela vida:
Quem entre vós é óbvio e
entendido?
Mostre em mansidão de
sabedoria, mediante condigno proceder, as suas obras. (Tiago, 3:13)
Quem achar que já conquistou
as virtudes espirituais não deve falar, e, sim, mostrar pelas suas obras, no
silêncio da sua própria vida, porque a virtude evangélica irradia, sem ser
preciso o anúncio. Quando assim procedermos, já estaremos de posse da fonte da
felicidade. Basta bebermos nela outros conhecimentos, em outras mudanças de
vida para a vida imortal.
A felicidade completa,
somente as almas puras podem desfrutar. Analisa teus pensamentos, tuas ideias,
tua fala; se forem puras, podes considerar-te alma feliz, por já teres dado os
primeiros passos para a glória imortal e para novas oportunidades de trabalho
de alta relevância com Deus. Jesus está sempre a nos esperar para trabalhos
mais dignos; depende do nosso preparo na intimidade do coração. Quando tudo
passar, notaremos que levantamos muitos véus que encobriam as maiores lições, e
passaremos a estudá-las, não nos livros do mundo, mas, no livro da natureza,
escrito por Deus,
O homem, por vezes, acha seu
trabalho penoso, e ficando apressado para que o dia acabe para o seu descanso.
Para os Espíritos que já se elevaram, nada existe de penoso; tudo se transforma
em alegria de vida. Os Espíritos puros sentem felicidade no trabalho com amor,
sorvendo mais vida, na vida de Deus, que nunca para.
Fonte:
O livro dos
Espíritos. Allan Kardec. Tradução de Guillon Ribeiro. FEB, DF.
Filosofia espírita.
Psicografada por João Nunes Maia/Miramez. Fonte viva, Belo Horizonte. 10
volumes.
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